terça-feira, 29 de janeiro de 2008

O Trabalhador e a Vibração


Não estamos nos referindo àquela grande demonstração de entusiasmo, mas sim às oscilações de um corpo em relação a um ponto fixo. Até o momento, as experiências existentes se preocuparam mais com a vibração produzida pelas máquinas utilizadas em construção civil, tais como: tratores, caminhões e carros. Onde verificou-se que a aceleração das vibrações variam entre 0,5 e 5 m/s², sendo os tratores e maquinaria de movimentação de terras os que apresentaram os maiores valores. Entre os efeitos fisiológicos resultantes, temos: a redução do desempenho psicomotor e muscular, além de influir, negativamente, na percepção visual. Embora, afete também o sistema circulatório, respiratório e nervoso, seus efeitos são menores. Nos parece que o organismo humano, como forma de defesa, produza reflexos musculares, contraindo os musculos distendidos. Essa atividade reflexa da musculatura explica o maior consumo energético, aumento da frequência cardíaca e respiratória, nos colaboradores submetidos a esse tipo de atividade. Sabe-se que os efeitos vibratórios sobre o metabolismo, circulação e respiração são de pouca significância. Contudo, o fato de maior preocupação é que a oclusão reflexa dos músculos esfincterianos, localizados em torno dos vasos sanguíneos, resulta na diminuição da circulação sanguínea nas extremidades dos membros (dedos). Com isso, o trabalhador pode vir a desenvolver o chamado "dedos brancos" ou "dedos mortos".

Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)

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