segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

O projeto de trabalho livre da monotonia


Frederick Winslow Taylor, criador da Administração Científica, fragmentou o trabalho em tarefas simples, a fim de estudar os tempos e movimentos. Com isso, o trabalhador, além de perder o controle da atividade que realizava, passou a vivenciar uma série de operações repetitivas e monótonas. Neste cenário de alta especialização do trabalho, o colaborador não é motivado a desenvolver suas habilidades, uma vez que sua liberdade de ação é tolhida. Por décadas, o taylorismo exacerbado foi criticado por cientistas sociais. A grande maioria das pessoas não gosta de realizar tarefas monótonas, repetitivas e pouco demandantes, como por exemplo, em uma linha de produção. Porém, na elaboração de um projeto de trabalho, temos que considerar que, para uma minoria, esse tipo de atividade é agradável. Em geral, esses colaboradores costumam, durante a execução de suas tarefas, divagarem, ou até mesmo aproveitar para manter contato social com outros que se encontram nas proximidades. Para eles não interessa o trabalho mais variado e desafiante. Sendo assim, o correto, durante a elaboração de um projeto de trabalho, é levar em consideração as capacidades individuais, não exigindo nem pouco e nem muito da pessoa. Pois, como constatamos, a alta eficiência do trabalho é alcançada, quando a complexidade da tarefa esta situada entre o mínimo e o máximo.



Fonte: Manual de Ergonomia – Adaptando o trabalho ao homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)




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