segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Fadiga


A fadiga é caracterizada pela diminuição da eficiência e aumento do desinteresse por qualquer atividade. A fadiga muscular e a fadiga geral compõem a classificação, mais coerente, para seu estudo, tendo em vista que resultam de processos fisiológicos diferentes. Enquanto, a fadiga muscular é responsável por uma dor localizada, na fadiga geral, há uma sensação de dor difusa, acompanhada de apatia e desinteresse. O cansaço, considerado um sinal da fadiga, é um mecanismo de defesa do organismo. Ele desestimula a sobrecarga de trabalho, possibilitando um tempo de recuperação para o organismo. Diferentemente do gasto energético que pode ser medido em quilojoules, a fadiga não pode ser medida diretamente, a não ser pelos seus indicadores.


Fonte: Manual de Ergonomia – Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)


domingo, 30 de dezembro de 2007

Atividade Mental


A princípio, acreditava-se que o trabalho mental era restrito apenas aos colaboradores de colarinho branco, ou seja, aqueles que ocupam os altos cargos dentro de uma empresa. Contudo, hoje, percebe-se que esse tipo de atividade está presente, também, nos trabalhos desenvolvidos por pessoas de colarinho azul, isto é, nos níveis operacionais. Como exemplo, poderíamos citar: supervisão, processamento de informações, tomada de decisões. Essas atividades, apesar de não serem classificadas como trabalho cerebral, exigem muito esforço do cérebro. Nesse tipo de atividade, exige-se um certo grau de criatividade. Psicólogos e ergonomistas preocupam-se com estudos a respeito dos processos mentais (tempos de reação e resposta a um estímulo). Enquanto, os primeiros têm o objetivo de identificar algum problema mental, os ergonomistas utilizam essa informação para avaliar a capacidade do indivíduo em realizar determinadas atividades. Um sistema de trabalho, ergonomicamente projetado, pode diminuir a demanda mental, com isso, reduzir a probabilidade de falsas interpretações ou perda de informações, consequentemente, facilita a decisão acertada e rápida. Entre os fatores condicionantes da carga mental em uma atividade, podemos citar:
  • A exigência de um alto nível de concentração;
  • A responsabilidade na tomada de decisões;
  • A perda da concentração devido à monotonia;
  • A falta de contato social em função do isolamento do posto de trabalho.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)


sábado, 29 de dezembro de 2007

Vigilância


Também conhecida como atenção contínua, é a habilidade de se manter alerta por um tempo prolongado. Durante a Segunda Guerra Mundial, observou-se que marinheiros, responsáveis pela observação de radares, tinham um melhor desempenho nos primeiros trinta minutos de suas atividades, apresentando uma perda da concentração após esse tempo. Das muitas pesquisas existentes sobre vigilância, chegou-se a algumas conclusões, tais como:


  • O estado de alerta diminui com a duração da tarefa, ficando evidente essa perda de concentração após os 30 minutos;


  • O nível de concentração aumenta, dentro de um certo limite, com a elevação da frequência, intensidade e diferenciação, quanto a forma e o contraste, dos sinais ou quando o trabalhador é informado do seu desempenho.


  • O desempenho apresenta uma queda quando o intervalo, entre os sinais, varia muito ou quando o trabalhador foi exposto anteriormente a situação de estresse físico, ou ainda, privado do sono. Pode-se afirmar ainda que condições ambientais (temperatura, ruído, umidade, etc.) desfavoráveis contribuem para a perda da concentração.


Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)


sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

A importância da interface humano-máquina


É o ponto de intercâmbio de informações entre o homem e a máquina, por exemplo, controles (botões, alavancas, manivelas, entre outros) e mostradores. A interface, ergonomicamente projetada, em um sistema homem-máquina, é muito importante, pois além de reduzir o risco de acidentes, proporciona conforto, reduzindo, consequentemente, o estresse, resultante da atividade laboral. Durante a Segunda Guerra Mundial, vários acidentes aéreos ocorreram em virtude de erros de operação. Pelo que foi constatado, em geral, esses acidentes ocorreram por “falha do piloto” na hora de acionar a alavanca do trem de pouso. Percebeu-se, contudo, que o leiaute dos controles favoreciam o acionamento errado da alavanca desejada. Talvez por esse motivo, após esse período de conflito mundial, desenvolveram-se muitas pesquisas relacionadas a dispositivos de controle.


Fonte: Manual de Ergonomia – Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)



quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Trabalho de Precisão


Esse tipo de atividade envolve basicamente dedos e mãos. Exige uma regulação rápida e eficiente da contração muscular; coordenação individual dos músculos; precisão de movimentos; concentração e controle visual. Uma forma de adquirir habilidades necessárias para um trabalho de precisão é através da aprendizagem. Fisiologicamente, isso ocorre por meio da impressão no bulbo cerebral dos movimentos necessários, ou seja, a criação de arcos reflexos adequados. No início, a pessoa, submetida a um processo de treinamento, realiza os movimentos conscientemente. Porém, com o transcorrer da aprendizagem, os comandos conscientes vão diminuindo progressivamente. Com isso, os centros nervosos assumem o comando, à medida que se formam novas vias e ligações no cérebro. Um outro fato, resultante da aprendizagem, é que os músculos passam a ser menos demandados, pois o colaborador passa a trabalhar mais descontraído e elimina os movimentos desnecessários. Como resultado desse fenômeno, temos que o trabalho é mais fatigante para uma pessoa sem experiência.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)


quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Coluna Vertebral


Tem a forma de um "S" alongado. Na parte do tórax, sua curvatura é para dentro, também chamada de cifose. Na região lombar, parte inferior da coluna, a curvatura é para fora, conhecida como lordose. Já, a parte superior que sustenta a cabeça, denominada coluna cervical, apresenta uma lordose. A pressão na coluna aumenta de cima para baixo, sendo maior nas cinco vértebras da região lombar. Sua forma permite uma elasticidade capaz de absorver impactos provenientes de saltos ou corridas. Os discos intervertebrais são responsáveis por separar as vértebras adjacentes. Os meios de avaliarmos a carga de trabalho, a qual a coluna e discos intervertebrais estão submetidos são:
  • Medição da pressão dos discos intervertebrais;

  • Utilização de modelos biomecânicos para predizer o esforço sofrido pela coluna lombar;

  • Medição da pressão intra-abdominal.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)



terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Então é Natal...

E por que não falarmos em Ergonomia? Afinal, é nesta data que o bom velhinho vem até nossos lares, trazendo presentes que fazem a alegria da criançada. Contudo, uma criança, assim como nós um dia fomos, não pára para pensar o quanto deve ser desgastante, até mesmo para o Papai Noel, trazer aquela tão desejada bicicleta em seu enorme saco de brinquedos. Hoje, "adulto", estudando um pouco a Ergonomia, percebemos o quanto fomos inconseqüentes, submetendo o bom velhinho a tão desgastante serviço. É claro que nos referimos ao trabalho pesado, ou seja, suportar aquele gigantesco saco, repleto dos mais variados brinquedos, com suas formas, dimensões e peso. Sem contar que o meio que utiliza - saco - para transporte de cargas, digo, brinquedos, não é lá muito ergonômico. Como deve sofrer, com tanto trabalho estático, a coluna vertebral do nosso bom velhinho! E seus discos intervertebrais? Ui! Não quero nem pensar. Acreditamos que a adoção do trenó, aquele tão eficiente meio de transporte de cargas, deva ser idéia de algum ergonomista, que um dia foi criança e, hoje, preocupado com o conforto de Papai Noel, desenvolveu esse equipamento para o auxiliar. E quanto às renas? Teria alguma outra fonte de energia mecânica, tão ecologicamente correta?

Feliz Natal! Ho! Ho! Ho!

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Manuseando Cargas




Operações que envolvam o manuseio de cargas (levantar, abaixar, puxar, empurrar, segurar, etc.) demandam muito esforço estático e dinâmico. Contudo, não é a sobrecarga que exercem sobre os músculos o maior vilão e sim sobre a coluna, especialmente sobre os discos intervertebrais da coluna lombar. Esse tipo de atividade é o maior responsável por distúrbios e invalidez, relacionados a problemas na coluna. Atinge grande parte da população trabalhadora entre 20 e 40 anos de idade, principalmente em atividades como a de enfermeiros, agricultores, transportadores de bagagem, etc. Em países industrializados como a Alemanha, o Reino Unido e os Estados Unidos, os distúrbios na coluna representam cerca de 20 a 25% das doenças ocupacionais e em geral estão relacionados com atividades pesadas.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)


domingo, 23 de dezembro de 2007

Avaliação da Carga de Trabalho


Em meados do Séc. XX, a forma utilizada para avaliar o esforço físico, envolvido em uma determinada tarefa, era o consumo energético, dado em quilojoules (kj). Contudo, mais tarde, verificou-se que, para uma mesma demanda energética, o esforço e estresse físicos eram maiores, quando o trabalho dinâmico envolvia poucos músculos ou existia a realização de trabalho estático. Um outro fato que apontou para a ineficiência de uma avaliação da carga de trabalho, envolvendo apenas o consumo energético, foi a influência do calor sobre o batimento cardíaco. Enquanto a demanda de energia sofre pouca variação quando o trabalho é realizado sob calor, o batimento cardíaco sofre aumento abrupto. Sendo assim, chega-se a conclusão de que a frequência cardíaca, também, pode ser utilizada para avaliar a gravidade do esforço físico, sendo este método um dos mais simples.


Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)


sábado, 22 de dezembro de 2007

Saúde e Consumo Energético


Nos países industrializados, o trabalhador, em geral, desenvolve suas atividades sentado, com isso, passa a gastar menos energia em sua atividade laboral. Um outro fato característico é que esse mesmo trabalhador passa, também, muito tempo sentado dentro de um veículo no percurso de casa para o trabalho e vice-versa, além de ter o hábito de, em seu momento de lazer, sentar-se diante da televisão durante longas horas. Sem contar que esse estilo de vida, na sua grande maioria, vem acompanhado de uma maior ingestão de alimentos (fonte energética). Diante desses fatos, percebe-se que o homem está em vias de se tornar um animal sedentário. Essa situação, se não revertida, pode acarretar danos a saúde como problemas circulatórios e metabólicos. Uma forma de compensar o sedentarismo da vida moderna é aproveitar os momentos de lazer para queimar o excesso de energia.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)



sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Trabalho Pesado X Eficiência Energética


O trabalho pesado, nos países industrializados, é uma raridade. Contudo, nos subdesenvolvidos, ainda, é muito encontrado. Nesse caso, um desafio para a ergonomia é torná-lo menos estressante para o trabalhador, através da diminuição do consumo energético. Fisiologicamente, um homem pode ser comparado a um motor de explosão interna, onde esse transforma a energia química da gasolina em energia mecânica e calor. No caso do trabalhador, a fonte de energia química são os nutrientes - carboidratos, proteínas, gorduras e álcool - extraídos dos alimentos através da digestão. Em condições favoráveis, a eficiência energética do trabalho é de cerca de 30%, ou seja, a fonte de energia química é convertida em 30% de energia mecânica produtiva e 70% de calor. Uma das formas de buscar atingir a eficiência energética é reduzir ao máximo o esforço mecânico estático e o dinâmico improdutivo. A eficiência é a razão entre o esforço mecânico útil e o consumo energético, isto é, quanto menor o consumo energético para realizar uma determinada atividade maior a eficiência.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)



quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Trabalho Pesado


É todo aquele que exige grande esforço físico, caracterizado por maior demanda de energia, passando o coração e os pulmões a trabalharem mais. O consumo energético é medido em quilojoules (kj), podendo ser avaliado indiretamente pelo consumo de oxigênio - O2 -, necessário à oxidação de nutrientes. A quantidade de oxigênio, necessária para a transformação de energia química em mecânica ou calor, independe da fonte (carboidratos, gorduras, proteínas ou álcool). Contudo, para se identificar qual a fonte química de onde provém a energia, basta medir a quantidade de dióxido de carbono - CO2 - no ar expelido. O coeficiente respiratório - CR - é a razão entre a quantidade de CO2 expelido e de O2 inalado. A seguir, temos uma relação entre o CR e a fonte energética:





Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)


quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

"O Sentar Saudável"




Apesar de livros e publicações, preconizar a postura ereta da coluna ao sentar-se, as pessoas institivamente buscam reclinar - inclinar para trás - as costas, assemelhando-se a postura de um motorista. Fazendo isso, elas proporcionam um decréscimo no esforço da musculatura e discos intervertebrais. Contudo, não podemos dizer que haja algo de errado, ao sentarmos, posicionar a coluna de forma ereta. Pois, na verdade, o ideal é possibilitarmos uma movimentação e variação na postura.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Vantagens e Desvantagens do Trabalho Sentado

O trabalho sentado proporciona maior eficiência e redução do trabalho estático, responsável pela fadiga muscular, pois reduz o esforço das pernas, diminui o consumo energético, desacelera o sistema circulatório, além de proporcionar maior estabilidade da parte superior do corpo. Apesar disso, nem tudo é benéfico, uma vez que o trabalho, realizado na posição sentada, proporciona: flacidez dos músculos abdominais (barriga do sedentário); curvatura da coluna vertebral, o que prejudica o sistema digestivo e respiratório; sobrecarrega os músculos das costas e, dependendo da posição, aumenta a pressão dos discos intervertebrais (espécie de almofadas, localizadas entre as vértebras).



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)


segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Trabalho Sentado


Alguns povos não utilizam cadeiras, pois têm o hábito de agachar-se, acocorar-se ou sentar-se no chão. Contudo, outros sentiram a necessidade de seus chefes sentarem em uma posição mais alta. Dessa forma, a cadeira, inicialmente, representava um símbolo de status. Durante o século XIX, chegou-se a conclusão que o trabalho desenvolvido por colaboradores sentados resultavam em maior eficiência, além de diminuir a fadiga. Pois, na atividade realizada em pé, o trabalho estático é predominante e este por sua vez é o maior responsável pela fadiga muscular.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer & E. Grandjean)

domingo, 16 de dezembro de 2007

Dados Antropométricos


Geralmente, engenheiros e designers projetam estações de trabalho levando em consideração os 90% central da população. Isto é, o equipamento ou posto de trabalho não é projetado para atender os 5% da população que apresentam medidas do corpo inferior a esta faixa, assim como, os 5% com medidas superiores. Dessa forma, busca-se atender a maioria da população, homens e mulheres, com idade entre 20 e 65 anos. O ponto de corte deve ser selecionado com cuidado, levando-se em consideração a necessidade do projeto.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer / E. Grandjean)

sábado, 15 de dezembro de 2007

Otimização da Eficiência do Trabalho



Trabalhos que exigem esforços consideráveis devem ter os movimentos organizados, a fim de que os músculos exerçam sua força máxima com o mínimo de esforço. Contudo, essa força máxima dos músculos depende da idade, do sexo, da motivação no momento, da constituição e condicionamento físico. O pico máximo da força muscular para ambos os sexos ocorre entre os 25 e 35 anos de idade. As mulheres atingem, em média, 2/3 da força muscular masculina. Já os trabalhadores mais velhos, 50 a 60 anos, só exercem 75 a 85% de sua força máxima inicial.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer / E. Grandjean)



sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Esforço Combinado



Em uma combinação de esforços dinâmico e estático, muitas vezes, não é possível distinguir, claramente, as componentes estática e dinâmica. Como exemplo de esforço combinado, poderíamos citar o trabalho de digitação. Nesse caso, o trabalho estático é o responsável por manter as mãos na posição do teclado e mouse, enquanto que os dedos, durante a digitação, realiza trabalho dinâmico. O maior responsável pela fadiga muscular é a componente estática, contudo, os dedos experimentam esforços repetitivos durante o trabalho dinâmico de acionamento das teclas.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer / E. Grandjean)

sábado, 8 de dezembro de 2007

Trabalho Muscular Estático


Esse tipo de trabalho é muito desgastante. Em condições semelhantes a um trabalho dinâmico, acarreta: um maior consumo de oxigênio; níveis mais altos de freqüência cardíaca; a exigência de um período maior de repouso. Entre os problemas musculoesqueléticos, podemos citar: inflamação das articulações, devido ao estresse mecânico; inflamação nos tendões (tendinite ou tenossinovite); inflamação nas bainhas dos tendões; processos crônicos degenerativos, do tipo artroses nas articulações; espasmos musculares dolorosos (cãibras); doenças dos discos invertebrais.



Fonte: Manual de Ergonomia – Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer / E. Grandjean)



sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Trabalho Muscular


Pode ser dinâmico ou estático. No trabalho muscular dinâmico, o músculo sofre contração e relaxamento, geralmente, de uma forma rítmica, produzindo movimento, por exemplo, o ato de girar uma roda. Já no trabalho estático, o músculo sofre contração por um tempo prolongado, a fim de manter o corpo em uma postura, como por exemplo, ficar em pé. Normalmente, essa segunda forma de trabalho produz mais rapidamente a fadiga muscular, exigindo um tempo maior para se recuperar. O papel da ergonomia, neste sentido, é diminuir ao máximo o trabalho estático.



Fonte: Manual de Ergonomia - Adaptando o Trabalho ao Homem (K. H. E. Kroemer / E. Grandjean)

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Perturbação Provocada pelo Ruído

Quando o assunto é ergonomia, devemos, não apenas, preocupar-nos com os danos provocados à saúde em decorrência do ruído, mas também do conforto que sofre prejuízos. O ruído passa a interferir na comunicação e trabalhos intelectuais a partir dos 80 dB(A). Geralmente esses ruídos são provocados por outras pessoas, máquinas e equipamentos. A seguir, temos uma tabela com os níveis máximos de ruído, permitidos de acordo com as atividades:



quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Ruído Contínuo ou Intermitente

Embora a Norma Regulamentadora - NR-15 -, em seu Anexo I, afirme que o nível de tolerância para o ruído contínuo, durante 08 (oito) horas de exposição, seja de 85dB(A), há literatura internacional que considere esse limite como 80dB(A). Outro fato discordante é que, para cada aumento de 03 (três) dB(A), o tempo de exposição deve ser reduzido à metade, tendo em vista que os decibéis são expressos em escala logarítmica, algo que não ocorre na legislação brasileira. A grande pergunta é: Nossos ouvidos serão mais "resistentes" do que outros?


segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Controles

Servem para se transmitir idéias ou decisões às máquinas ou equipamentos. Podem assumir diversas formas como: alavancas, botões, teclados, volantes, manivelas e outros. Quando estamos os projetando, devemos levar em consideração que os músculos do corpo humano têm características de força, velocidade e precisão. Logo, para o acionamento de controles que exijam força, deve-se utilizar pernas ou braços. Enquanto que, para movimentos de precisão, utilizam-se as pontas dos dedos.

Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

domingo, 2 de dezembro de 2007

Expectativa do Usuário

Quando se projetam dispositivos de controle para equipamentos e máquinas, deve-se considerar a expectativa dos usuários. Também chamada de estereótipo da população, ou seja, é a resposta esperada pelas pessoas que irão operá-los. Ao girar a tampa, no sentido horário, de uma garrafa pet, espera-se fechar a mesma. A seguir, vemos uma tabela com as expectativas e os movimentos correspondentes.










sábado, 1 de dezembro de 2007

Projeto Ergonômico




Durante a coleta de dados para a elaboração do projeto ergonômico, esses podem, no início, sofrer alterações. Pois, o funcionamento do organismo humano é afetado, quando o indivíduo percebe-se observado por outro. O mesmo passa a trabalhar mais rápido ou mais devagar, em função do aumento do ritmo cardíaco e da pressão arterial. Logo, sugere-se a eliminação dos primeiros dados coletados, até perceber o trabalhador mais à vontade.


Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)



sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Consumo de Bebida Alcoólica

É motivo de muitos acidentes no local de trabalho, sendo assim, deve ser combatido. A realização de campanhas educativas é uma forma de buscar a neutralização do risco. Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, o alcoolismo é uma doença, logo deve ser tratada como tal pela empresa. Devemos lembrar que, para os riscos produzidos pela atividade laborativa, existem os limites de tolerância, determinados por lei, ou seja, não é justo, nesse caso, adotarmos a intolerância. Pois, muitas vezes, o trabalhador recorre ao consumo de bebidas alcoólicas para conseguir superar as dificuldades que encontra no próprio trabalho. Dificuldades, essas, representadas por baixos salários, condições ambientais (riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes) e de trabalho inadequadas (exigência de uma produtividade "mínima" ou, até mesmo, assédio moral). Gostaríamos de deixar claro que, no caso, defendemos a tolerância, buscando auxiliar o empregado. Pois, a conivência, que seria fechar os olhos para a situação, comprometeria, não só, a segurança do alcoolista, mas também de outros colaboradores.



segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ferramentas Manuais



Elas não podem ter um peso superior a 2kg, caso contrário, produzem dores nos punhos, cotovelos e ombros. Posturas inadequadas (punho inclinado por longos períodos) resultam em inflamação de nervos e tendões, provocando dores e sensações de formigamento dos dedos. Uma forma de evitar danos ao trabalhador é, quando da necessidade de ferramentas mais pesadas, utilizá-las suspensas por contrapesos ou molas.



Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)


sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Segurança no Lar

Como prevencionistas, devemos, não apenas, nos preocupar com a saúde e segurança dos trabalhadores no local de trabalho. Pois, muitas vezes, o acidente acontece, ou a doença é desenvolvida, em nossos próprios lares. Para a empresa, qualquer afastamento do trabalhador gera prejuízo, logo a prevenção de infortúnios deve começar em casa. Não devemos esquecer dos trabalhadores domésticos, que, assim como os demais, estão expostos a agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Como exemplo, poderíamos citar a exposição a poeira (aerodispersóide, gerado mecanicamente, constituído por partículas sólidas formadas por ruptura mecânica de um sólido), que pode levar a um comprometimento da saúde do indivíduo. Geralmente, não lembramos da necessidade do uso de equipamento de proteção individual, quando da realização de atividades de limpeza. Uma forma de mudar essa realidade é através de campanhas educativas, como a Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho - SIPAT.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Substâncias Cancerígenas

Compostos de cromo, encontrados em pigmentos, são considerados substâncias cancerígenas. Por isso, deve-se, sempre, evitar a exposição, embora a concentração seja baixa. Como exemplo, poderíamos citar os seguintes compostos: O "verde de crômio" ( óxido de crômio(III) , Cr2O3 ) é um pigmento empregado em pinturas esmaltadas e na coloração de vidros. O "amarelo de crômio" ( cromato de chumbo, PbCrO4 ) também é usado como pigmento. Sendo assim, como prevencionistas, devemos buscar substituir tintas que tragam em sua composição substâncias cancerígenas por outras não letais.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Substâncias Químicas


Presentes no ambiente de trabalho em forma de gases, poeiras, líquidos, vapores e sólidos. São responsáveis por mutações genéticas e nascimento de pessoas deficientes. Como é sabido, muitas dessas substâncias são cancerígenas. Como prevencionistas, seria um paradoxo, buscar eliminar as fontes geradoras, inerentes a atividade econômica da empresa, sendo conivente com a prática do tabagismo dentro da organização. Pois, essa, além de prejudicar o fumante, é prejudicial a todos os colaboradores que compartilham do mesmo ambiente.





terça-feira, 20 de novembro de 2007

Manutenção de Máquinas

Um bom programa de manutenção de máquinas e equipamentos pode reduzir o ruído desses. Em geral, os fatores que provocam vibrações, produzindo, dessa forma, ruído, são: fixações soltas, desbalanceamentos e atritos. Quando substituímos peças defeituosas, efetuamos lubrificação e regulagens, estamos reduzindo as causas responsáveis pelo ruído. Proporcionando, assim, um ambiente de trabalho salubre. Onde, os colaboradores possam realizar suas tarefas com conforto, além de estarem livres, no futuro, de uma surdez profissional.
Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Projeto Ergonômico / Acompanhamento e Avaliação




Apesar de todos os cuidados, às vezes, alguns aspectos de um projeto ergonômico não são satisfatoriamente resolvidos. Por apresentarem algumas falhas, exigem algumas correções. Para isso, é necessário que se façam, após a implantação de um projeto, avaliações sistemáticas, verificando se os resultados correspondem aos objetivos propostos. Ou seja, se os resultados finais satisfazem os objetivos iniciais. Para esse acompanhamento e avaliação, faz-se necessário:

  • Sempre que houver uma mudança, comparar os desempenhos, entre as situações antigas e novas.

  • Em função de resultados iniciais, não tomar atitudes precipitadas. Pois, algumas mudanças causam rejeição nas pessoas.

  • Como as pessoas tendem a adaptar-se a situações indesejáveis, devemos tomar cuidado com a formação de hábito. Porque, essa tendência do ser humano pode nos conduzir a uma avaliação incorreta.


    Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Processo Decisório


Durante o desenvolvimento de um projeto ergonômico, devemos formular o máximo de alternativas. Para isso, todas as possibilidades devem ser exploradas, através de ferramentas como Brainstorming (tempestade de idéias) e Brainwrinting (tempestade de idéias escritas).


No Brainstorming, a partir de uma questão, as pessoas, livremente, sugerem alternativas. Onde, a princípio, nenhuma alternativa é descartada ou criticada. Após, esgotada essa fase, as sugestões são organizadas em grupos para, posteriormente, serem questionadas, ou seja, receberem críticas. Podendo, daí, serem descartadas ou selecionadas.


No Brainwrinting, as pessoas, selecionadas para participarem do processo de geração de alternativas, recebem, cada uma, uma folha de papel onde colocarão todas as suas sugestões. Daí, essas folhas são trocadas entre os participantes para que o outro possa adicionar outras idéias, isso ocorre até que o processo se esgote. Feito isso, o líder recolhe todos os papéis, seleciona e agrupa todas as idéias, para em seguida avaliar e escolher qual foi a melhor alternativa sugerida.


quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Lista de Verificação


Também conhecida como Check List, pode ser utilizada com finalidades variadas, durante a aplicação de um método ergonômico. Através de sua utilização, evita-se esquecer aspectos do projeto. Assim como, permite que haja uma previsão dos problemas que poderão surgir, além de possibilitar a medição dos efeitos da implementação e obter idéias ou soluções alternativas. O ergonomista deve preparar uma lista de verificação de acordo com suas necessidades. Para isso, pode valer-se de outras já existentes. Contudo, observando que um Check List utilizado para um escritório, não pode servir para a construção civil. Para comparar as alternativas ergonômicas de uma forma mais objetiva, atribui-se uma pontuação aos quesitos, podendo convertê-los em escore.

Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Ergonomia no Escritório


Para trabalhos em escritórios, como por exemplo, digitação, o segredo está na postura. O cuidado, em posicionar-se adequadamente, diante do computador, pode evitar alguns problemas, tais como: dores em diversas partes do corpo (pescoço, braço, antebraço, mãos); sensação de cansaço; danos à saúde (LER/DORT). Contudo, uma postura neutra pode neutralizar ou minimizar esses efeitos. Para isso, devemos manter: o topo da tela ao nível dos olhos e distante de um comprimento de braço; a cabeça e o pescoço em posição reta com ombros relaxados; a região lombar apoiada no encosto da cadeira; os cotovelos juntos ao corpo; os pés apoiados no chão; os antebraços, os punhos e as mãos em linha reta em relação ao teclado.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Prevenindo o “dedo branco”


O "dedo branco", também chamado de "dedo morto", é resultado da exposição a vibrações em níveis elevados. Os dedos apresentam aspecto descolorido, devido à falta de irrigação sanguínea. Pode-se, até mesmo, chegar à necrose dos dedos. Para evitar isso, faz-se necessário tomar algumas providências, a fim de reduzir os efeitos indesejáveis. Ou seja, controlando-se o nível médio das vibrações e/ou o tempo de exposição.


Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

domingo, 11 de novembro de 2007

Unidade de Embalagem


A carga de cada unidade não deve superar o que determina a equação do NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health), contudo não deve ser muito inferior. Pois, isso estimularia o trabalhador a manipular várias unidades ao mesmo tempo. Podendo, nesse caso, vir a superar a carga máxima. É preferível cargas unitárias maiores com uma baixa frequência, do que cargas menores com um número grande de movimentos repetitivos, desde que se respeite o valor máximo, determinado pela equação do NIOSH.



Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)


sábado, 10 de novembro de 2007

Equação NIOSH



Esta equação, desenvolvida pelo National Institute for Occupational Safety and Health - NIOSH, tem a finalidade de determinar a carga máxima a ser suportada pelo trabalhador em condições desfavoráveis. Ela leva em consideração seis variáveis, também chamadas de coeficientes de manuseio de carga, de distância horizontal, vertical, de frequência de levantamento, de deslocamento vertical de carga, de rotação do corpo.


Carga Máxima = 23 kg x CM x CH x CV x CF x CD x CA


Quanto mais desfavoráveis as condições, esses coeficientes se afastam do valor 1 (um) e aproximam-se do valor zero.


Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)


sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Manipulação de Cargas


Para cargas superiores a 23 kg, o ideal é que a manipulação seja feita por uma equipe de dois ou mais trabalhadores. Uma das pessoas deve assumir a posição de líder, comandando o movimento dos outros, a fim de evitar deslocamentos inesperados. Contudo, sempre que possível, devemos utilizar equipamentos para levantamento e transporte de cargas, objetivando não sobrecarregar o homem.


Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Qualidade do Ar


Independente de haver fontes poluidoras do ar, ambientes fechados necessitam de ventilação. A natureza da atividade laboral determina a taxa de renovação do ar. Trabalhos pesados exigem uma maior ventilação, enquanto que em trabalhos leves a necessidade é menor. Os projetos de ventilação e exaustão devem levar em consideração que esses sistemas influem no clima do ambiente. Provocam deslocamento de massas de ar, logo é necessário considerar a diferença das temperaturas do ar que entra em relação ao ar que sai. Caso seja necessário, deve-se pré-aquecer ou resfriar o ar, a fim de diminuir ou neutralizar o impacto sobre o trabalhador.


Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Sistema de Ventilação e Exaustão


Sempre que não for possível atuar na fonte de poluição, para a sua eliminação ou redução, pode-se agir sobre o meio de propagação. Para isso, podemos fazer a extração do poluente perto da fonte, contudo, realizando a filtração desse ar poluído antes que ele seja lançado na atmosfera. Há leis ambientais que restringem a concentração de poluente no ar expelido. Uma outra preocupação que devemos ter, é com a localização do sistema de exaustão. Esse deve retirar o ar poluído na região da respiração e não na parte superior da sala, quando o ar já passou pelo trabalhador. Sem contar que a manutenção regular é de vital importância, para evitar o entupimento dos dutos e filtros.


Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Proteção Individual II


Quando todas as outras formas de controle dos agentes agressores à saúde do trabalhador tiverem falhado, deve-se recorrer a proteção individual, contudo, tomando-se alguns cuidados:


  • Devemos restringir o uso da máscara contra poeira à proteção contra este agente, não utilizando esta em casos de ambientes contaminados por gases. Pois, esse tipo de máscara tem uma porosidade maior para reter os pós grossos, não funcionando no caso de gases, que são muito mais finos. Parece desnecessário fazer tal comentário, porém não é, uma vez que em alguns casos, utilizam esse tipo de proteção respiratória como multi-uso.

  • Sempre que necessitarmos de proteção contra líquidos que podem ser absorvidos pela pele, deve-se evitar a substituição de luvas por cremes protetores, pois a eficácia dos cremes ainda não foi comprovada. Embora, saibamos que tanto as luvas, quanto os aventais são incômodos.

  • A higiene pessoal é muito importante para a redução da contaminação por agentes químicos através da pele. Para isso, é necessário:

a) Manter, sempre higienizados, o vestuário e o equipamento de proteção individual;


b) Lavar mãos e braços com água e sabão;


c) Tratar de qualquer ferimento na pele.



Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Proteção Individual


Entre as medidas utilizadas para reduzir os efeitos danosos de substâncias químicas sobre as pessoas, podemos citar:



  • Limitar o tempo de exposição - Há várias formas de natureza organizacional para se reduzir o tempo de exposição dos trabalhadores a agentes químicos. As pessoas permanecem o tempo extritamente necessário em ambientes contaminados ou se reduz o número de pessoas expostas. Uma outra alternativa seria alternar atividades em ambientes contaminados com outras em locais salubres. Caso haja a possibilidade, deve-se realizar as tarefas que apresentem riscos de contaminação fora do horário normal de trabalho. Dessa forma, um número menor de trabalhadores ficaria exposto ao risco, facilitando a adoção de medidas especiais para protegê-los.


  • Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) - O uso de EPI como forma de proteger o trabalhador deve ser o último recurso, quando todos os outros meios falharem. Essa forma de proteção deve ser utilizada em locais amplos ou em acidentes, quando é inviável outro método de controle. Devemos restringir o uso de EPIs, uma vez que, esses representam um incômodo para os trabalhadores.

Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

domingo, 4 de novembro de 2007

Controle da Poluição


Quando o assunto é poluição ambiental, o profissional em segurança no trabalho deve observar e respeitar a hierarquia entre as medidas de controle. A princípio deve-se atuar na fonte do agente poluidor: removendo a fonte de poluição; reduzindo a emissão de poluentes ou isolando a fonte. Caso não se obtenha êxito, busca-se intervir no processo de propagação desse agente poluidor. Para só depois, atuar nas pessoas atingidas. Esta hierarquia só pode ser invertida em casos emergenciais, onde se protege o trabalhador com a utilização de EPIs, enquanto se busca a neutralização, seja na fonte ou no processo de propagação.


Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

sábado, 3 de novembro de 2007

Exposição a Agentes Químicos

  • Alguns elementos químicos, dispersos no ar, são comprovadamente cancerígenos. Devemos evitar a exposição a eles. Como exemplo, poderíamos citar: o asbesto, encontrado em isolantes térmicos; o benzeno, em solventes; os compostos de cromo, em pigmentos; os hidrocarbonetos policíclicos, em componentes do alcatrão; o clorovinil, em matéria-prima do PVC. A lista completa de substâncias cancerígenas pode ser encontrada em publicações da Internacional Agency for Research on Cancer - IARC.
  • Deve-se evitar a exposição a picos de concentração de substâncias químicas, pois pode acarretar danos à saúde do trabalhador. Nesse caso, a agressão ao organismo humano independe da concentração média. Em geral, atinge-se picos de exposição em atividades de limpeza de instalações.
  • Os rótulos de produtos químicos devem conter informações básicas a respeito de sua toxidade e manipulação. Para a transmissão de informações, o fabricante deve usar uma simbologia internacional.

Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Agentes Químicos X Conforto Ambiental


Apesar de existirem limites internacionais de tolerância a agentes químicos, estes se prestam a evitar doenças, porém não são eficazes quando o assunto é o desconforto provocado por esses agentes. O limite de tolerância é a concentração média de determinado produto químico disperso no ar, durante as oito horas trabalhadas, não podendo ser ultrapassado em nenhum dia. Como existem elementos que provocam uma rápida intoxicação, em lugar do limite de tolerância, são determinados valores máximos a serem respeitados, ou seja, um teto que não pode ser ultrapassado em nenhum momento. Sempre que quisermos projetar um ambiente salubre, podemos utilizar como regra prática 1/5 (um quinto) da concentração média, embora, ainda assim, isso não evite o desconforto causado por alguns produtos químicos. Vale ressaltar que sempre que possível, devemos buscar substituir determinados produtos tóxicos, por outros que não agridam a saúde do trabalhador. Esse procedimento é o mais adequado quando se deseja proteger a saúde dos nossos colaboradores.

Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Controlando o Conforto Térmico


Quando o assunto é conforto térmico, podemos atuar de várias formas para esse controle, tais como:


  • Agrupando as atividades que possuam uma arduidade semelhante, pois atividades leves exigem temperaturas amenas, enquanto que atividades mais pesadas exigem temperaturas mais baixas.


  • Adaptando as atividades às temperaturas externas, uma vez que não podemos modificar o clima do ambiente quando as tarefas são realizadas a céu aberto. Em locais de climas frios, o ideal é realizar atividades pesadas, pois o trabalho ajudará a elevar a temperatura corporal. Já em locais de clima quente, o ideal é realizar atividades mais leves que não contribuam para a elevação da temperatura do corpo. Uma outra forma de atuar séria limitando o tempo de realização dessas tarefas.

  • Ajustando a velocidade do ar. Em ambientes mais frios, baixa velocidade. Em ambientes mais quentes, alta velocidade. Uma vez que a velocidade do ar contribui para a retirada do calor dos corpos.


  • Escolhendo o vestuário adequado à atividade e ao clima. Para atividades mais pesadas ou realizadas em locais de temperaturas elevadas, é recomendado o uso de roupas mais leves. Quando se tratar de atividades realizadas em ambientes mais frios, é aconselhado o uso de roupas isolantes. Já para atividades realizadas sob temperaturas extremamente elevadas, usar roupas especiais, como é o caso dos bombeiros.

Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Temperaturas Extremas


Além do frio e do calor, proporcionar uma sobrecarga energética no corpo, principalmente no coração e no pulmão, eles podem provocar congelamentos e queimaduras. Sendo assim, quando esses agentes estão presentes no ambiente de trabalho, alguns cuidados devem ser tomados:


  • Evitar o frio e o calor intensos. Pois, quando expomos partes do nosso corpo a materiais quentes ou frios, há um desconforto térmico. No caso do frio, a sensção térmica é potencializada com a ação do vento.

  • Procurar manipular, apenas, materiais não muito quentes ou não muito frios. Materiais, que apresentem um temperatura abaixo de 5 °C, podem grudar na pele. Para se evitar isso basta proteger-se utilizando EPI fabricado com material isolante, como plático e madeira. No caso de temperaturas elevadas, deve-se limitar o tempo de contato, a fim de evitar queimaduras.


Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)


terça-feira, 30 de outubro de 2007

Recomendações sobre o Conforto Térmico


Exitem quatro fatores que devemos observar, quando buscamos um ambiente de trabalho confortável termicamente. São eles: temperatura do ar, calor radiante, umidade do ar e velocidade do ar. Baseado nesses fatores, há alguns princípios a serem seguidos:


  • Como cada indivídio tem suas preferências climáticas, o conforto térmico é alcançado quando se leva em consideração a predileção de cada um.


  • Trabalhadores que realizam atividades pesadas preferem ambientes mais frios, enquanto que aqueles que realizam tarefas leves optam pelo inverso.


  • Deve-se evitar ambientes de trabalho secos (umidade relativa do ar abaixo de 30%) ou muito úmido (umidade relativa do ar acima de 70%). Pois, podem representar desconforto para os colaboradores. Uma vez que, ambientes secos irritam os olhos, as mucosas, produzem eletricidade estática (risco de incêndio, choques desagradáveis, interferência em equipamentos). Enquanto que o ar saturado (100%) dificulta a evaporação do suor.


  • As superfícies radiantes muito quentes ou frias prejudicam o conforto térmico, pois as superfícies mais quentes irradiam calor para o corpo do trabalhador, ocorrendo o inverso com superfícies mais frias. Para se evitar a troca de calor, pode ser utilizada uma superfície refletora (folha de alumínio) entre os corpos.


  • A velocidade do ar acima de 0,1 m/s é prejudicial, principalmente, para atividades leves.

Fonte: Ergonomia Prática (J. Dul e B. Weerdmeester)